Câmara de Ponta Delgada deve explicações aos munícipes

PS Açores - 27 de outubro, 2017
Os vereadores do PS na Câmara Municipal de Ponta Delgada pediram, esta quinta-feira, em reunião de Câmara, esclarecimentos ao executivo camarário sobre alguns problemas que merecem da parte dos socialistas “preocupação e atenção”.

Nesse sentido foram abordados vários assuntos, desde logo a problemática da recolha de resíduos sólidos, tendo o vereador Vítor Fraga, referido que a autarquia de Ponta Delgada “falhou de forma clamorosa, no que a esta matéria diz respeito, tendo sido ineficaz e incompetente na resolução dos problemas com que se deparou.”

Na opinião da vereação do PS, na maior autarquia dos Açores, a recolha de resíduos no concelho deve continuar a ser um serviço público, prestado pelos serviços da autarquia, e, por isso, Vítor Fraga quis saber, se o recurso à contratação do serviço de recolha de resíduos a empresas privadas, anunciado pelo Presidente da Câmara Municipal, no discurso de tomada de posse, é um processo de privatização total ou parcial, tendo igualmente solicitado mais informação sobre os contratos já elaborados, em execução ou ainda em fase de elaboração.

Ainda neste âmbito, o vereador socialista disse ser importante perceber “quais as metas que a autarquia se propõe cumprir, nos próximos quatro anos, em termos de percentagem da recolha seletiva de resíduos?”

Também, no âmbito do período antes da ordem do dia, os vereadores socialistas, pela voz de Bruno Pacheco, exigiram explicações a José Manuel Bolieiro sobre a declarada demissão de responsabilidades por parte da Azores Park e da Câmara em matéria de gestão e organização de espaços públicos daquela empresa municipal, relembrando as declarações da agora ex-vereadora Luísa Magalhães, que imputou essa responsabilidade aos donos dos armazéns.

Bruno Pacheco quis saber o que pretende a Câmara Municipal fazer “no curto e no médio prazo, por forma a resolver os problemas daquela infraestrutura?”

Igualmente em matéria de gestão municipal e, relativamente à Sociedade Coliseu Micaelense, de cujo capital social, a Câmara é detentora da sua quase totalidade, os vereadores socialistas quiseram saber: quais os motivos que levaram à cessão de funções do diretor geral, Miguel Brilhante, tendo Mário Miranda afirmado que “são muito estranhas as declarações de um dos administradores, Eng. José Medeiros, sobre a necessidade de mudança de fechaduras”, salientando que “se o motivo é o receio de desaparecimento de documentos, tudo isso deve ser esclarecido”, disse.

Os vereadores socialistas estão confiantes de que este é o momento para promover consensos e diálogo a favor de Ponta Delgada, mas exercerão uma oposição exigente, responsável e construtiva durante o próximo mandato e, tal como sempre foi defendido pela candidatura socialista à autarquia de Ponta Delgada.